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8 de Maio de 2024

A Origem da família Lobo no Brasil:

há 4 anos


Em 26 de julho de 1957, o Acadêmico da Academia Campinense de Letras, Celso Maria de Mello Pupo, em uma homenagem ao Acadêmico e Patrono da cadeira n. 29 da Academia Campinense de Letras, Paulo Álvares Lobo, fez uma pesquisa sobre a origem da família Lobo, publicou e ofereceu ao Acadêmico Paulo Álvares Lobo, como uma homenagem ao mesmo, a qual se encontra na mesma Academia como a publicação de n. 07 de 1958.

A primeira edição consta de 200 exemplares, numerados e assinados pelo Presidente da Academia Campinense de Letras e pelo autor. Esta primeira tiragem foi publicada pela Empresa Gráfica da "Revista dos Tribunais" São Paulo, 1958.

Em virtude da singularidade do documento, que se encontra até hoje para consulta na Academia Campinense de Letras, acha-se interessante transcrevê-lo de forma literal:


  "No gozo da graça que me concedeis, de ser ouvido na mais alta corte literária de nossa terra, amedrontado e vacilante, entre a consciência da responsabilidade e do risco e o desejo de alcançar mais uma remissão para os meus dizeres incertos e para o meu tartamudear nas letras, peço-vos que considereis o meu embaraço que mais cresce evmais me envolve diante da excelsa figura de Paulo Lobo, meu Patrono sublimado pela fé, pelo caráter e por brilhante e destro talento. Estivesse em meu lugar, como ele, um esteta da beleza e do arrebatamento da sua palavra, da precisão, da transparência, da sonoridade das suas letras e da profundidade do seu conhecimento jurídico, para com maestria apresentar-vos o jornalista, advogado, o mestre da oratória, o aristocrata de espírito que por muitos anos distribuiu, generoso, as riquezas da sua inteligência, e não estaríeis vós à mercê do meu carpintejar literário.

  Valho-me do mimo de vossa bondade.

  Se o jornalista é aquele arauto do bem e da beleza, o entusiasta da publicidade honesta que leva ao recôndito dos lares a verdade benfazeja, o aplauso merecido, o medir com justiça, o noticiar de sadios folgares, o ensinar com sabedoria, o aprimorar das letras e a pureza da lingua, esse era Paulo Lobo que desde os tempos colegiais alçou os cumes da primazia, adejando, além de seus pares, num pontificado do intelecto. Polígrafo, no jornalismo, seguro na vernaculidade de um clássico, tanto escrevia da galanteria graciosa do social convívio da época, como da política e administração, como dos cânones da ciência econômica, como dos fulgores das tardes lindas de Campinas, ou dos liriais anjinhos da Senhora da Conceição nos esplendores da fé cristã da gente campinense. O brilho de sua pena julgurou sempre: no romance da sua mocidade, no embate das suas polêmicas, justo, rijo, intrépido; altaneiro e vivaz, amorável e poeta, distribuía a sonoridade de um descrever bucólico, poetava na sua prosa sobre as grandezas da terra, afervorava corações com os eflúvios de místico falar das coisas do céu; vergastava a impostura, sempre nas alturas da sua dignidade, como se o senso da nobreza lhe molhasse a pena em cada pensamento. Quando de mister um corretivo, bramia impávido e irresistível, o látego, desmascarando a calúnia e ironizando o que se adornava de mentiras. Polemista dos mais destros, ágil e vibrante, dispunha de imensos recursos para esgrimir vantajosamente, sem falar rasteiro, levando a palma pela solidez do argumento ou pela dureza da sua verdade.

  Para que não oiçamos só meu dizer, demos a palavra au dos seus companheiros de redação, o poeta e jornalista Vitor Caruso, preciosa testemunha na palestra que fez ha dois anos na Associação Campineira de Imprensa:"

  "Paulo era uma criatura adorável. Sempre de bom humor, tinha uma alegria contagiante. Advogado do mais conspícuos embora, era na imprensa o seu lugar. A arte da oratória o destacou, nesta terra que conheceu o grande César Bierrenbach. Pode-se dizer que nascera para as lutas e as emoções da imprensa:

  Na" A Cidade "escrevia as suas crônicas e os artigos de fundo que, segundo as praxes de então, abriam obrigatoriamente o jornal. E era admirável a facilidade em que produzia, sob a assinatura de" Nunzio Naso "e" Buon Giorno ". Às vezes, com preguiça de escrever, ditava. E era eu quem apanhava o artigo. Ditava-o num fôlego; e, no fim, o relia e nenhuma corrigenda lhe introduzia. Nas notas ou notícias importantes que redigia, ficava a marca de seu estilo inconfundível. Era outro perfeito conhecedor da lingua portuguesa. Lia muito os clássicos e o que escrevia tinha um cunho de" Bernardes ". Dele direi mais, que ninguém o excedeu, ainda, como cronista, como comentador do fato diário."


  Da sua época era o amigo e grande caráter Durval Ferrão, recentemente falecido. Também escreveu sobre Paulo Lobo, em periódico jocoso do ano de 1912, para nos deixar relato jovial num perfil preciso que assim encerrava:

  "Seu estilo corrente, agradável, puro, à Vieira, tem um cunho original que a observação e o estudo conseguiram firmar, deleitando a quem lê seus artigos e ouve seus discursos, pois é ele ainda um dos melhores e mais reputados oradores de Campinas."

  Realmente, orador espontâneo e eloquentíssimo, seu falar era o ribombo e gigantes águas despenhadas do alto, claras, cristalinas, borrifando as luminárias do seu dizer gracioso e elegante, espraiando-se transparentes com as níveas espumas da sua riqueza vocabular, eletrizando entusiasmos, resplandescentes de inspiração que o fez grande nas lides tribunícias. Mestre consumado, a textura das suas elocuções, grácil, plena de erudição ou veemente e persuasiva, marcava-lhe a consagração, alinhando-o na vanguarda dos melhores do seu tempo.

  Advogou com proficiência vencendo pleitos renhidos e dificultosos, tendo sido, no cível e na criminalística, um dos nomes mais consagrados. Advogado da mais pura consciência cristã, nunca desmentiu a solidez das suas convicções, como um apóstolo do Direito, como um defensor dos opressos, no desassombro das reivindicações de justiça para os que se acolhiam aos conhecimentos jurídicos do Advogado honesto. Em alguns feitos que se destacaram ou pela matéria que envolviam, ou pela repercussão no meio social, teve ele campo para exercício talentoso do seu ministério, dentro dos seus princípios religiosos, como fez em ação de desquite, confirmando o matrimônio na própria "qualidade sacramental", na própria "origem divina"; ilustrou autos de processo que conservam o saber jurídico do hábil Advogado e honrou a tribuna do juri por exceler nela com seus dotes singulares, impressionando por sua característica prontidão em se utilizar do inesperado, revidando com espírito, acuidade e absoluta segurança, um asserto do adversário. O seu talentoso sobrinho Pelágio Lobo, em apreciação sobre trabalhos de Advogados, diria mais tarde que o vivíssimo tio era aquele Advogado que lia "um pouco e adivinhava o resto"

  Na vida turfística teve um destacado lugar; ainda estudante mas já cronista esportivo, dedicou-se ao turfe com singular entusiasmo; conhecedor de todas as particularidades deste esporte, não se satisfazia no deleite do aficcionado mas se entregava a grandes trabalhos e realizações que o guindaram a sócio honorário do Jóquei Clube de São Paulo. A sobrevivência do Jõquei Clube Campineiro se deve a Paulo Lobo, sócio, diretor, e presidente até em tormentosos dias que ele soube transformar em fase de renascença para poder ele mesmo dizer: "éramos inglórios detentores de ruínas e somos agora senhores do terceiro hipódromo do país."

   ORIGEM DA FAMÍLIA:

  Remontando-nos ao século dezessete e estendendo as nossas vistas pela velha Europa, veremos a famosa cidade de Antuérpia agitada em lutas religiosas; seu ativo comércio estagnado, suas empresas decadentes, suas riquezas arruinadas, e seus filhos expatriando-se em busca de paz em outras terras, em busca de fortuna. A cidade tão cheia de glória, tão marcada pelo esplendor da grandeza que se apagava, pátria de ilustres, pátria de artistas, de pintores que nasceriam com os nomes de Rubens, e Van Dick, decaía do seu brilho; entre os retirantes, Pedro Lelou de Lannoy, fidalgo e soldado, buscou as terras portuguesas no solo colonial do Brasil infante, para ser aqui militar com o alto posto de mestre de campo e Capitão-Mor governador da província do Ceará em agitadíssimo período de sua conquista. Foi este flamengo casado com a lisboeta D. Joana Lobo de Albertim, filha de pai também militar, português, da mais alta nobreza da península, vindo ao Brasil a serviço de sua pátria e de seu rei.

  Do casal, dois filhos registram os alfarrábios, Luís e Manuel Lobo Albertim, que preferiram aos apelidos paternos, os maternos, talvez na época mais brasileiros, de mais ilustre, e mais do agrado dos sentimentos coloniais. O Manuel, casado em Olinda, foi pai de um segundo Manuel, batizado aos 6 de julho de 1716 na freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape, quando teve por padrinho o avô materno flamengo, o mestre de campo, cujo cognome reproduziu em forma de evolução linguística, com os apelidos Lobo de Albertim Lanoia.

  Este segundo Manoel deixou as terras do Nordeste para se fixar em Paranaguá, então capitania de São Paulo, onde se casou em 1752 com a paulista D. Maria Francisca Xavier. Entre os seus filhos houve um terceiro Manuel, também Lobo de Albertim Lanoia, sacerdote que vigariou a freguesia de Guaratuba, filho cadete, pois o primogênito era o primeiro José Manuel Lobo, nascido na mesma cidade em 1753, homem de negócios e de haveres, alto, loiro, como eram todos os Lobos, de olhos pardos, pai de oito filhas e de um filho, que foi o segundo José Manuel Lobo. Este mudou-se para Itu e, sendo letrado, ocupou o cargo de escrivão da Ouvidoria: na mesma cidade casou-se em segundas núpcias com D Tereza Xavier Álvares de Lima, paulista de velha cepa, de cujo casamento nasceu o maestro Elias Álvares Lobo.

  O Maestro ituano foi compositor de renome, sendo muitos historiadores que se referem ao seu talento. Na terra natal casou-se com D. Elisa Eufrosina da Costa, de origem mista de recente sangue português com paulistas de tradição. Foram os pais do meu patrono que também nasceu em Itu, aos 17 de março de 1871.

  Desde os seus primeiros anos, a fase risonha da infância, não deixou Paulo Lobo de se revelar o menino vivo, esperto, traquinas de temperamento e de ação, mostrando já toda a vitalidade que havia de marcar sua personalidade superior. Acompanhava os maiores, media com eles as peraltagens, intimorato não fugia às mais ousadas travessuras dos companheiros mais velhos, aos quais se igualava na coragem e na audácia; de uma feita os acompanhou num ataque às frutas saborosas do quintal do Barão de Itaim; galgaram os muros, sendo o pequeno Paulo ajudado pelos mais velhos; já se atiravam aos pomos quando os surpreendeu o Barão vigilante, desperto por outras e anteriores disposições comunitárias dos garotos. A debandada foi célere, e em veloz corrida foram transpostos os tapumes da chácara sem que nenhum dos companheiros se lembrasse, em tal pânico de dar uma ajuda ao pequeno Paulo, impossibilitado, sozinho, de saltar o alto muro livrando-se da perseguição do senhor enfurecido. Seguro por um braço e asperamente interrogado pelo fidalgo sobre a irregular estadia na propriedade, não se amedrontou como era de se esperar; deu explicações, fez o seu arrazoado com segurança e espírito, numa revelação de futuro e brilhante casuístico, transmudando a cólera nobiliárquica em gostosa e burguesa gargalhada, livrando-se do castigo e criando fama pelo caso que, era, verdadeiramente, um dos primeiros lampejos do talento de escol que rasgaria uma trajetória de fulgurações.

  Seu pai, inteiramente dedicado à sua arte, vivia de parcimonioso ganhar, como professor de música, proventos que não acompanhavam os gastos da família cada vez maior, o que o levou, ao contar cauteloso os limitados recursos, a procurar Campinas, cidade de mais vastas possibilidades e de grandes fortunas particulares hauridas na cultura cafeeira. Nesta terra que blasonava destacada grandeza, que se avantajava em confronto com a capital da província pela faustosa riqueza de sua gente realizadora, audaz, aristocrata do Império e aristocrata do bom gosto e da sensibilidade artística, maiormente distribuiria o maestro professor os acordes de sua arte invejável e melhormente colheria os benefícios do seu trabalho. Aqui passou Paulo radiosos dias de sua meninice.

  Mas, o brincar de uma criança vale como afirmação de suas tendências e disto o nosso menino já nos dava uma afirmação solidíssima, em teimosia irremovível, como pode medir o seu bondoso mas severíssimo pai. Naqueles velhos tempos era hábito dos médicos visitarem seus clientes cavalgando animais de sua propriedade; condução rápida para a época e fácil de permanecer às portas dos doentes, entregando-os as rédeas do animal aos escravos da casa ou aos garotos da família que as seguravam até o fim da visita. Paulo se prestava com prontidão e alegria a este desencargo, mas menino de fortes pendores para ser turman que foi, mal sumia-se o médico corredor a dentro para atender ao doente, o nosso Paulo saltava para a sela e ia fazer o seu galope pelas ruas da cidade. Apaixonado incontestável do cavalgar, fugia-lhe o tempo e, ao voltar para casa, já encontrava no passeio , à espera do cavalo, o médico impaciente e o músico, seu pai a esconder a cólera nas desculpas que apresentava pela falta do filho. Afastando-se o médico, seguia-se então uma boa sova que o maestro não transferia e não dispensava mesmo a pedido do próprio facultativo, muitas vezes solícito em salvar do castigo o menino estimado. Na seguinte visita médica, invariavelmente, repetia-se o galope e repetia-se a sova.

  O colégio São Luís de Itu, sob a direção dos sábios e bondosos jesuítas, dos melhores educadores que temos tido, foi escolhido para a educação do menino. Matriculou-se com dez anos de idade, em 1881, no mesmo dia da matrícula de seu irmão Elias, e pouco depois da matrícula de Paulo Maria Lacerda, o grande Jurisconsulto que elevou o nome de sua terra. Depois do curso preliminar em 1883 já estava ele na primeira série, e com doze anos de idade entrava para a Arcádia Gregoriana, a Academia de letras do colégio, na qual ombreou com Paulo de Lacerda, César Bierrenbach e Carlos Magalhães de Azevedo, que seria membro da Academia Brasileira de Letras e Embaixador Brasileiro junto aoVaticano. Este Diplomata, cuja amizade com Paulo Lobo conservou até o fim de sua vida, ainda exercendo a Embaixada no corte pontifícia, relembrava, ao colega antigo, seu tempo colegial, em formosa e amiga carta, exemplar magnífico da literatura epistolar de onde transcrevo estes trechos encantadores:

  "Qual não seria o teu espanto, ao ler o meu nome por assinatura desta carta se teu irmão Antônio já não te houvesse prevenido do seu encontro comigo aqui, e do carinho sempre sincero e estranho, com que de ti lhe falei!...Assim acontece tantas vezes, e é esta uma das estranhezas da vida, que as tem às mil...Correm anos, lustros, décadas, sem que dois amigos separados pelo destino, um dê ao outro o mínimo sinal de lembrança. Uma circunstância fortuita, uma conversa, uma palavra, e o afeto, adormecido, mas não extinto, ressurge, com todo o seu cortejo de sentimentos e recordações"

  "Gostei tanto de renovar, em palestra com teu irmão, aquele bom período da tua e minha adolescência. Quantas pessoas e cousas me passaram por diante dos olhos! Eles se umedeceram um pouco, talvez, e a voz tremeu, por instantes, de emoção. Mas a minha alma sentiu-se feliz, enquanto eu falava do meu antigo companheiro e amigo, revendo-o tal qual era junto a mim qual eu era também"

  Relata ainda o autor com pormenores a carreira de Paulo Lobo, seu Patrono na Academia Campinense de Letras:

  O colégio foi feito com vários prêmios e menções, onde encontrou sólida base cultural. Em 1886 submeteu-se aos primeiros exames preparatórios em São Paulo. Assim ao prosseguir escolhendo os estudos do Direito, ocasião em que a Monarquia entrava em ocaso, iniciando-se o período republicano.

  Ao governo do Marechal Deodoro, sucedeu Floriano Peixoto, com grave crise política. Paulo tornou-se assim republicano e apoiador do governo de Peixoto.

  Apesar das instabilidades políticas, sua vida de estudante se dividiu entre a luta política, as Arcadas e o jornal, tendo participado de comícios, onde tinha papel de destaque. Em 1893 fazia parte do corpo editorial do "Diário Popular" , onde permaneceu até 1897, um ano depois de sua formatura. Trabalhou ainda em outros periódicos como "Platéia" e em "A Nação" com Herculano de Freitas, seu grande amigo, genro do General Glicério, a cujo grupo político juntaram-se os irmão Lobo que, como Advogados entendiam-se: Antônio Lobo, o mais velho, bacharel em 1884, Advogado em Campinas por mais de cinquenta anos, tendo sido Vereador e Presidente da Câmara dos Deputados; José Manuel Lobo, formado em 1886, grande orador, criminalista, deputado Federal e Secretário e Estado no governo de Carlos de Campos; e Paulo Lobo, que se aliou aos seus irmãos para a vida de Advogado, escritor, jornalista.

  Escrevia no jornal "A Cidade", inicialmente colaborador, galgando até a posição de redator chefe. Além de escrever crônicas, ele tinha um veio poético, um lirismo que falava de amor e saudade:

  "Junta-se ao verso, em ritmo preclaro,

  esta saudade desalentadora,

  como exemplar de um orquidário raro

  a esses troncos d'árvore, Senhora.

  É a minha alma, crede, a minha pena

  aqui feita mercê do rir profano

  das mesmas rimas que me vão da pena

  _rude capricho do meu rude engano.

  Pois, seja embora. A dúvida que resta

  digo-vos já com precisão é esta

  saber quem mais se ri neste descante:

  se o poemeto, Senhora, fútil, breve,

  rindo da soledade que descreve,

  se vós do meu afeto a todo instante."

  Apaixonado, um ano depois estava casado com sua musa de olhos verdes.

  Na seara jornalística ocupou-se também, além da política, de assuntos da área econômica, crise causada pela queda do preço do café nos mercados internacionais.

  Como redator do jornal, suas atividades se estenderam até 1915. Participou da vida elegante de Campinas e fez diversas produções em verso e prosa, no jornal "A Cidade de Campinas", onde havia também colaboradores como Olavo Bilac, Silvio de Almeida, Basílio de Magalhães , dentre outros escritores.

  Ao deixar a direção do jornal, dedicou-se até 1920 inteiramente à Advocacia, sem contudo abdicar totalmente da atividade jornalística.

  Em princípio do século XX, Paulo Lobo foi convidado pelo General Glicério, a mudar-se para o Rio de Janeiro, então capital da República. Mas recusou deixar suas atividades em Campinas, viveu aqui por mais de trinta anos até seu falecimento em 26 de junho de 1932.

  Escreveu profeticamente sobre Campinas que depois de atravessar várias crises , econômica, sanitária, política:

  "Floresces, minha terra, que eu o sinto e a tua ressurreição não confunde os guardas do túmulo, nem os apóstolos da tua grandeza sofrem martírios"

Fonte: Publicação da Academia Campinense de Letras n. 07

Elogio de Paulo Álvares Lobo, patrono da cadeira n 29

pelo Acadêmico Pupo, Celso Maria de Mello , em 26 de julho de 1957

Publicado em 1958


  • Sobre o autorRosângela Lobo Teixeira Zizler
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Olá, Zizler Rosangela Lobo
Sou uma Lobo, do norte do país, Belém do Pará.
Talvez seja a única nessa família, que busca por conhecer a origem deste sobrenome, meus avós já faleceram. Então, fica a cada vez mais difícil, encontrar qualquer informação que se possa dizer verdadeira.
Meu avô se chamava, Leopoldo Modesto Lobo.
Quero dizer; Parabéns pelo conteúdo publicado. CONTINUAREI MINHA BUSCA.
Até mais. continuar lendo

Sou um Lobo do Leste do Maranhão, meu avo é Leopoldo Jardim Lobo estou em busca de saber de onde é minha linhagem. Acho interessante de onde a gente veio. continuar lendo

Olá nasci no Pará em igarapé-açú continuar lendo

Olá, sou de Salvador - BA continuar lendo

fiquei interessado no assunto pois sou da família lobo do municipio de curuçá aqui no pará chamado ARAQUAIM e gosto muito de saber sobre a nossa origem, continuar lendo

Adorei! Sou da mesma família, descendente por parte de minha bisavó paterna (ela era um Lobo, filha do Sr. Álvaro Lobo, o médico que participou da Fundação Oswaldo Cruz e auxiliou nas pesquisas que determinaram que o sal deveria conter iodo), mesma família originária de Portugal que veio para o Brasil durante a época das sesmarias e que deu origem a queridos nomes do Direito, jornalismo, literatura e política brasileiras. Minha bisavó não ficou com o sobrenome (o removeu) porque à época nossos parentes foram investigados pela Coroa Portuguesa por suspeitas de participação na Inconfidência Mineira e ligações com o mártir Tiradentes (foi considerado um risco, na época, manter o sobrenome). continuar lendo

Oi gente moro em Goiás mas nasci no Pará em igarapé-açú continuar lendo